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Há diversidade na sua estante?

Atualizado: 7 de jul. de 2021

Muito falamos sobre a importância de proporcionar um amplo repertório de atividades e de conteúdos aos nossos alunos. Para que aprendam a usar o lápis e a tesoura, pensamos diferentes atividades para que desenvolvam a coordenação motora. Para que compreendam a língua e seus usos sociais, pensamos em diferentes gêneros a serem trabalhados ao longo do ano. Para que apreendam os conceitos da Matemática, pensamos em diversas situações-problema. E assim trabalhamos! Proporcionar diferentes situações de aprendizagem é, de fato, enriquecedor!


Mas, pensando nas habilidades socioemocionais que buscamos desenvolver, será que também estamos oferecendo um vasto repertório às crianças? Respeito à diversidade e empatia são temas muito atuais. Habilidades essenciais para a sociedade que buscamos construir. Porém, para que tais habilidades sejam desenvolvidas precisamos ir além das narrativas que já conhecemos. Lendo um dos livros infanto-juvenis do autor indígena Daniel Munduruku, me deparei um com uma frase que me despertou a vontade de escrever essa reflexão: "só respeita o outro quem conhece o outro".


Até onde nós, educadores, buscamos de fato conhecer outras realidades, outras culturas, outras narrativas? Era para ser um post sobre literatura infantil, mas a reflexão passa, primeiro, por nossa própria formação para depois chegar em sala de aula. Conhecer outras histórias tem sido uma busca minha nos últimos anos. Olhar não somente para os gêneros textuais que consumo, mas principalmente para os autores que consumo! Quais narrativas faltam na minha estante de livros?


Temos lido autores e autoras que divergem daquilo que estamos acostumados a ler? Que falam sobre realidades que não são as nossas? Que nos desequilibram e nos permitem, então, atingir novos patamares de compreensão do mundo? Esse processo é, muitas vezes, desconfortável! Mas certamente, enriquecedor! O processo de equilibração que tanto acreditamos para o desenvolvimento dos nossos alunos também precisa fazer parte da nossa realidade como adultos!


Muito além dos gêneros que lemos, precisamos estar atentos sobre de onde vêm essas narrativas. De homens, mulheres, pessoas trans, pretos, indígenas, periféricos ou não. Tudo é válido! Se buscamos a empatia e o respeito à diversidade, precisamos nos dar a chance de, primeiro, conhecer essas outras realidades!


Adotando essa prática na nossa própria formação, também precisamos refletir sobre o acervo de livros que estamos oferecendo às nossas crianças! Também há diversidade na literatura infanto-juvenil. Vamos conhecê-la? Trarei dicas de literatura infanto-juvenil e adoraria receber suas contribuições!


Respeitar não significa viver da mesma maneira, significa reconhecer e defender a existência do outro!




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